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Infinity e sua história.

_____Inifinity acredita na cura, e que a cura é o tempo. Acredita que o tempo é a maior força existente, talvez, a crença, seja o resultado de ter o tempo todo em suas mãos.Dono de uma habilidade invejável (O Controle temporal), ele tem eternos 27 anos, dos quais passa acumulando informações, coletando dados, aprendendo técnicas de luta e aumentando sua já vasta sabedoria! Porém, para cada escolha há uma renúncia, e com suas infinitas renuncias temporais, ele, freqüentemente, sofre de severas enxaquecas que o deixam incapaz de grandes movimentos físicos, ironicamente, o combate, mesmo que seja golpeado inúmeras vezes na cabeça, serve de alívio, uma espécie de hobby para apaziguar todo o sofrimento de suas dores crônicas e de suas tantas vidas.

_____Adquiriu seu dom, que não se limita apenas há viagens, após quase ser extinto do universo, quando, mecânico espacial, ficou a beira de um buraco negro, na limiar onde ocorre a espaguetificação total de todas as massas e onde o tempo beira a inexistência, e num instante de gloriosa sorte seu adversário escuro faleceu. Vagou alguns anos desacordado pelo espaço, agora, imune a qualquer radiação e com o corpo mais denso que o mais escuro oceano, passa a vida buscando por conhecimento.


Infinity e sua história RUaXPsV
Divagando pelo espaço sem nenhum rumo definido, encontra-se o ser mais forte da vastidão do espaço, procurando apenas pelo conhecimento. Estava no imenso nada, no descomunal silêncio. Seu corpo, sublime afluência; sua mente, inerte. Nem o mais sumptuoso homem poderia comprar tal paz; aquela exclusiva do ser laranja. Sua divagação encerrou-se gradualmente quando encontrou-se com a entidade que atende por Discórdia.

Seu rosto não estava à mostra, sendo visível apenas a inquietante luz vermelha que saía de seus olhos. A cabeça coberta por um capuz preto, este que descia ao resto do corpo, revelando-se uma capa. A entidade tinha todo o seu corpo envolto pela capa, e assim como o ser laranja, ela flutuava na vastidão do vazio. Estava observando o viajante laranja vagando há horas ininterruptas, até que decidiu finalmente aparecer para ele.

— Infinity. — A entidade disse, com sua constante voz penetrante.
— Quem é você? — Perguntou o ser laranja, confuso.
— Discórdia, prazer.
— O que quer?
— Vim lhe dar uma valiosa informação.
— O que poderia saber que eu não?
— Eu poderia saber o nome e localidade daquele que tirou tudo que você tem.
— Como? O que quer dizer?
— Ora, meu viajante. Não lembra-se de como recebeu seus dons? Não lembra-se que esse também foi o motivo por perder todos que conhecia? Família, amigos... todos se foram.
— É um buraco negro. Não é como se alguém tivesse o colocado lá. Está blefando.
— Blefando? Eu? Claro que não! Eu sei quando existe ódio no coração de alguém, e sei que um ser muito poderoso criou aquele buraco negro.
— Não teria como...


A entidade sentiu a persistência de Infinity, e decidiu tomar medidas drásticas. Enquanto continuava a conversar com ele, usou seus poderes, assim plantando ódio e ira no coração de Infinity. Uma hipnose ou controle comum não fariam mal ao viajante laranja, mas é difícil resistir ao poder de uma entidade. E assim, aos poucos, Infinity começou a odiar aquela pessoa.

— Eu sei onde você pode encontrá-lo, e seu nome.
— Eu... — Infinity ponderou por uns instantes. — Certo, me diga.


Por mais que não fosse possível ver, a entidade sorriu maliciosamente. Esta era a primeira parte de seu plano, sendo a segunda fazer a cabeça de Ômega.

— Seu nome é Ômega, e seu planeta... bem, o nome não é fácil de ser pronunciado ou decorado, por isso aqui está.
Um pequeno papel exibia o nome do planeta e suas coordenadas. Infinity não tinha conhecimento daquela área. Se estivesse no controle total de suas emoções, provavelmente exploraria o planeta e a vida de Ômega parando o tempo, e só depois tentaria matá-lo. Porém este não era o caso, e tudo que ele pensava no momento era acabar com a vida do guerreiro azul, assim como ele supostamente tinha feito com a sua.

— Obrigado.
— Não há de quê, viajante. Apenas lhe informei por achar que é justo.


A entidade sorriu e em seguida dissipou-se. Neste momento ela já estava indo fazer a cabeça de sua segunda vítima, contando-lhe mentiras para que uma batalha se travasse.

Depois de decorar tudo que estava no papel, Infinity rasgou-o. "Farei o mesmo com Ômega", ele pensou. Sem estar totalmente ciente de seus atos, acelerou-se em direção do tal planeta para adquirir sua vingança. Por que alguém criaria um buraco negro apenas para ver o mal de outra pessoa? Somente alguém maligno faria isso. Infinity o mataria sem hesitar.

Foi um longo caminho, porém Infinity não quis parar o tempo até chegar lá, não faria diferença. Estava quase atingindo a velocidade da luz, chegando cada vez mais perto de seu destino. Entrou no sistema solar e em seguida no tal planeta, formando uma extensa cratera à sua volta assim que atingiu o solo. Notou que o local estava estranhamente iluminado pela cor laranja, sendo causada por ele mesmo. Ignorou isso e procurou pelo seu alvo, emanando ódio por todo o seu corpo. Cerrou seus punhos e saiu à passos pesados da cratera. Olhou em volta procurando por Ômega, para finalmente obter sua vingança por tê-lo feito perder tudo. Os poderes não lhe importavam, nunca havia pedido por isso, tudo que queria era poder voltar para sua família depois de terminar aquela missão. E por culpa de Ômega, ele não pôde.

— Ômega! — Gritou Infinity, enfurecido. — Apareça!

Distante dele, num canto escuro, pôde ser visto dois pontos brancos. Estes pontos revelaram-se os olhos de Ômega assim que ele deu alguns passos à frente. Uma pequena aura azul envolvia seu corpo.

— Você... — Infinity disse, desprezando-o mentalmente de todas as formas possíveis.
— És Infinity? — O ser azul perguntou. — Teus dias encerram-se por aqui.


Discórdia estava ali, em silêncio, sem poder ser visto. Estava prestes a acontecer, aquilo que ansiava há dias. Seus motivos? Nenhum. Discórdia levava seu nome e função ao sentido mais literal da palavra, e nada mais queria do que exatamente isso, a discórdia. Plantou o ódio no coração de cada um dos seres apenas conversando com eles, e agora só precisava assistir o rumo que suas ações tomaram.

Infinity achou-o patético e decidiu matá-lo da forma mais simples possível. Esticou seu braço e encarou Ômega, tentou fazer ele envelhecer até a morte acelerando seu tempo de vida. Para a surpresa de Infinity, nada mudou. Ômega continuou da mesma forma de quando se encontraram.

— Como fez isso? Você deveria estar novecentos anos mais velho! Deveria estar morto!
— Tu usas magias temporais? Tolo! Isto funcionaria... se eu não fosse imortal em questão de velhice.
— Patético. Não preciso te envelhecer para te matar!

Assim que gritou, Infinity parou o tempo. Deu algumas voltas ao redor de Ômega, analisando-o. Se aproximou de seu rosto, tudo que teria que fazer era dar-lhe um soco e voltar o tempo à sua velocidade normal. Ele nunca saberia de onde o golpe teria saído. Fácil. Porém, quando Infinity tentou dar-lhe o soco, se surpreendeu ao ver sua mão sendo segurada pelo ser azul.

— Como é possível? — Infinity gaguejou, incrédulo.
— Tolo... — Ômega riu. — Minha velocidade é imbatível, minha percepção é infalível, e minha sabedoria é incalculável!


Seu punho foi segurado com mais força e foi lançado contra o chão por Ômega. Uma dor de cabeça forte apareceu neste momento, o fazendo fechar os olhos por alguns segundos. Assim que abriu, se viu numa cratera, com Ômega prestes a atacar-lhe novamente. Infinity parou o tempo e lentamente se levantou. Analisou-o novamente, tentou outra vez atacar-lhe porém dessa vez mais brutalmente. Assim que voltou o tempo tentou desferir dezenas de socos e chutes em Ômega, todos em vão.

— Como consegue burlar o tempo? Isso é impossível! — Infinity gritou, frustrado.
— Vós sois lento, por mais que aches que parar o tempo te deixes veloz. — Ômega olhou em seus olhos. — Isto é velocidade!

Antes mesmo que pudesse parar o tempo para escapar, Infinity foi golpeado no queixo, o fazendo cair. Olhou para Ômega com mais um de seus olhares de ódio, quando uma ideia surgiu-lhe na cabeça.

— Se não posso atingi-lo, posso ao menos me impedir de ser atingido!

Infinity parou o tempo e andou calmamente até outra localidade, voltando o tempo por apenas uma fração de segundo e andando até outro lugar para aparecer novamente. Ficou utilizando-se desta técnica para agir como se ele se teletransportasse, assim enganando seu inimigo. Estava gargalhando por dentro das falhas tentativas de Ômega para golpeá-lo. Assim que viu uma chance, Infinity decidiu atacar. Ômega estava desatento, Infinity aproveitou-se disso para chutá-lo nas costas. Em seguida ele saltou, mirando novamente em seu adversário, e caindo em super velocidade em cima dele. Com este golpe mais uma cratera foi formada, porém mais profunda do que extensa.

Infinity estava sobre seu inimigo, pisando-lhe na cabeça.

— De que adianta sua velocidade agora? — Disse, caçoando de seu oponente caído.

Seu inimigo ficou calado, Infinity não ligou. Começou a chutar-lhe na cabeça enquanto ele parecia pensar em como escapar. Chutava com força, com ódio. Começou a caçoar ainda mais enquanto tinha seu adversário na palma da mão. Notou algumas pequenas partículas azuis indo para dentro do corpo de Ômega, porém notou tarde demais. Quando se deu conta, estava sendo lançado por um explosão de energia. Havia caído há dezenas de metros de onde estava anteriormente.

Parou o tempo e aproximou-se de Ômega novamente. Começou outra vez com a técnica de teleporte, imaginando que daria certo mais uma vez. Prosseguiu com isso por alguns segundos, até Ômega aparentemente encontrar uma forma de não ser enganado por ela e o acertar um soco diretamente no peito. Como ele havia feito isso, Infinity não sabia.

— Seu fim, aqui. Agora. — Ômega disse numa voz baixa, se aproximando de Infinity.
— Não vai retirar mais nada de mim, e isso inclui a minha vida.


Infinity se levantou devagar.
— Seus dias estão contados, Ômega. Eu irei pro futuro, em cada linha temporal diferente, só pra ver todas as formas que você morreu. Eu irei presenciar cada golpe que você levará, cada amargura que você sofrer... tudo. No final, a mínima ação sua levará à sua morte, e ela não precisará ter saído das minhas mãos para me fazer feliz. Aproveite seus dias de podridão como se fossem o último. E lembre-se que não importa como, mas quando você morrer, eu estarei lá.

Infinity parou o tempo e em seguida deixou o planeta, só para retornar alguns anos depois. Claro que ele acelerou esses anos, logo o tempo que passou fora do planeta não foram nem dez segundos em sua perspectiva. Havia voltado para fazer aquilo que tinha prometido: ver Ômega morrer de todas as formas possíveis. Fez isso, divertindo-se durante horas, vendo todas as formas que ele morreu de acordo com cada escolha que tomou.

Discórdia estava feliz, mas não estava satisfeita....
Em Breve mais...