Você percebe cinco crianças brincando perto da linha do trem. Absortas na brincadeira, não percebem o trem vindo na direção delas. Por sorte, os trilhos se bifurcam antes de chegar a elas, e você está parado bem na bifurcação. É só apertar o botão que você pode desviar o trem e, dessa maneira, salvar as crianças. Mas aí você nota que, na outra via, está uma criança brincando sozinha. Se não fizer nada, vai permitir que o trem mate cinco crianças na primeira via, contudo, se apertar o botão, vai salvar essas cinco, mas matará a criança solitária. O que você deveria fazer?
Para muitas pessoas, é tão óbvio quanto desagradável que você deve pressionar o botão: a coisa certa a fazer é matar um para salvar muitos.
Mas, agora, pense em uma cena diferente. Você é um médico num hospital pediátrico. Cinco crianças estão a ponto de morrer de diferentes falhas de órgãos: coração, rim, pulmão etc. Você percebe que, do lado de fora, brincando no playground do hospital, há uma criança saudável sozinha. Você sabe que ela tem o mesmo tipo sanguíneo das crianças que estão morrendo, e a tecnologia avançou tanto que seria uma questão relativamente simples sequestrar a criança do playground, tirar seus órgãos e transplantá-los naquelas que estão morrendo, salvando-as. Se não fizer nada, vai permitir que as crianças morram, todavia, você pode salvar todas as cinco se matar aquela criança solitária. O que você deveria fazer?
Para muitas pessoas é tão desagradável quanto óbvio que você não deve apertar o botão: a coisa certa a fazer é poupar aquela criança e matar as outras.
Mas as duas situações parecem fundamentalmente análogas. Então as crenças morais das pessoas estão bastante confundidas aqui? Ou é a moral em si que talvez seja confusa – independentemente do que escolher, você perde?
Retirado do Livro "Filosofia em 60 Segundos"Para muitas pessoas, é tão óbvio quanto desagradável que você deve pressionar o botão: a coisa certa a fazer é matar um para salvar muitos.
Mas, agora, pense em uma cena diferente. Você é um médico num hospital pediátrico. Cinco crianças estão a ponto de morrer de diferentes falhas de órgãos: coração, rim, pulmão etc. Você percebe que, do lado de fora, brincando no playground do hospital, há uma criança saudável sozinha. Você sabe que ela tem o mesmo tipo sanguíneo das crianças que estão morrendo, e a tecnologia avançou tanto que seria uma questão relativamente simples sequestrar a criança do playground, tirar seus órgãos e transplantá-los naquelas que estão morrendo, salvando-as. Se não fizer nada, vai permitir que as crianças morram, todavia, você pode salvar todas as cinco se matar aquela criança solitária. O que você deveria fazer?
Para muitas pessoas é tão desagradável quanto óbvio que você não deve apertar o botão: a coisa certa a fazer é poupar aquela criança e matar as outras.
Mas as duas situações parecem fundamentalmente análogas. Então as crenças morais das pessoas estão bastante confundidas aqui? Ou é a moral em si que talvez seja confusa – independentemente do que escolher, você perde?